Erva Mate
Em sua origem, a erva mate era uma árvore silvestre Ilex paraguayensis, suas folhas eram sapecadas e preparadas pelos guaranis. Com a chegada dos jesuítas a este território, começaram a cultiva-la a partir de sementes selecionadas. Os marinheiros espanhóis perceberam rapidamente as propriedades especiais da erva mate: seu consumo evitava o escorbuto (falta de comer frutas e verduras frescas), mal que afetava aqueles que viajavam nas travessias transoceânicas. Observaram, também, que os índios que utilizavam a erva mate adquiriam uma notável resistência a fadiga. No principio, tentaram ensina-los as propriedades similares de certos estimulantes vegetais de efeito pernicioso.

No entanto, seu consumo se popularizou rapidamente em toda a região da Bacia do Rio da Prata, até chegar ao Chile e ao Alto Peru, na Cordilheira dos Andes. Entretanto, estavam longe de conhecer as propriedades terapêuticas e químicas dessa planta maravilhosa. No inicio do século XIX, o medico e naturalista francês Bonpland iniciou os primeiros estudos científicos, dando origem, no principio do século XX, ao aparecimento das primeiras plantações de grande importância, precisamente, na zona das Missões Jesuíticas de San Ignácio, onde, 150 anos antes, os índios guaranis a haviam cultivado.

A partir daí, expandiu-se a produção ao ponto de alcançar o atual grau de desenvolvimento e pujança, quando milhares de pessoas consomem a erva mate em todo o mundo. Devido a isso, desde 1930 se iniciaram numerosas pesquisas cientificas para determinar por que a erva mate produz seus legendários efeitos benéficos, que fazia os gaúchos suportarem dias e dias de intempéries, fazendo duras tarefas com uma única alimentação: carne de vaca e erva mate.